Data: 19 de novembro de 2008 (Dia da Bandeira); Local: Teatro da Reitoria da Universidade Federal do Paraná; Evento: Lançamento do segundo livro da Professora Doutora Clotilde Espínola Leinig “A MUSICA E A CIÊNCIA SE ENCONTRAM“, pelo qual a autora é homenageada.
Não parece muita coisa até o momento em que se conhece a idade (95 anos) do fenômeno CLOTILDE ou que se houve com sua voz clara e firme o detalhamento capitular da obra e, ainda, como se não bastasse, uma apologia à música, em prosa de extremo conteúdo poético, destilada pela macróbia. Como se diz atual e popularmente “é pra acabar!”.
Para acabar definitivamente com a idéia de que estar envelhecido é angustiante e triste. Como afirmou o Douto geriatra e gerontólogo José Mário Tupiná Machado, membro da mesa, no contexto de edificante pronunciamento, “a velhice é um privilégio. Não é para quem quer… é para quem pode”
Como já devem estar sabendo, estou residindo neste Lar dos Idosos – Recanto do Tarumã (www.socorroaosnecessitados.org.br), buscando cada vez mais razões para dar dignidade a estes meus “cabelos brancos” embora seja extremamente calvo rs rs rs. A performance da jovem Clotilde e os discursos disparados em sua homenagem pelos integrantes da mesa, incluindo-se dentre eles, o vice-reitor da Universidade Federal do Paraná, revelaram-se um prato cheio para aquele objetivo.
“Os Velhos Guris” despretensioso grupo musical formado por residentes do Recanto, como eu próprio, fora convidado para o evento por alguns motivos especiais:
a) Claudimara Zanchetta, presidente da AMP (Associação de Musicoterapia do Paraná) e nossa musicoterapeuta, consequentemente responsável pela edificação e manutenção do grupo, foi e, segundo ela, ainda é, discípula da homenageada;
b) Fabiana Espínola, gerente da Sociedade Socorro a que pertencemos, é orgulhosa sobrinha neta da escritora e
c) consta que a nonagenária manifestou o desejo de assistir na prática o positivo resultado de uma de suas teses, a de que a música faz-se tremendamente salutar no tratamento contra a velhice doentia.
Clotilde, transpira musicalidade, doçura e, principalmente vitalidade. Depois que nos apresentamos, um numeroso, melodioso e afinadíssimo coro, apresentou-se sob a direção do magnífico arranjador que era, só podia ser, filho da Diva.
E eu, ali no meio, participando e testemunhando, ao concluir a apresentação com colegas, curvei-me para beijar a mão daquela mulher que ratificava a afirmativa do Dr. Tupiná, responsável técnico pelo Lar dos Idosos – Recanto Tarumã, de que…
VELHICE É UM PRIVILÉGIO
Bom tio, é bem interessante.Eu também penso que a velhice como o senhor diz é realmente um privilégio, afinal de contas além de Deus ter concebido forças o suficiente para tal proesa, é umas fonte muito grande de experiências das mais diversas!