Domingo, 29 de outubro de 2017. Após o café – quando diariamente recebo minha medicação do horário das 8 — venho para meu pátio predileto a fim do rotineiro, porém maravilhoso, banho de sol. – O Astro continua teimosamente oculto entre nuvens, aí faço-me acompanhar dos pombos e do amigo Mauro Feliciano, conforme os flagrantes devidamente registrados por minha potente câmera.
Neste mesmo dia, 29 de outubro, do ano de 1945 – um golpe militar promoveu a renúncia do presidente Getúlio Vargas que governava o Brasil desde 1930 – ou seja, por quinze anos. — Faltava, então, pouco menos de um mês para que eu chegasse aos meus nove anos de idade.
Ávido por saber dos acontecimentos no mundo dos adultos e ainda digerindo o fim da Segunda Guerra Mundial ocorrida, ainda no “mês passado” (setembro de 45), saí perguntando a minha dupla dinâmica – meu pai e tio Procópio – o que estava ocorrendo. E eles, pacientemente, satisfizeram minha curiosidade — Testemunhei e SOBREVIVI a dois importantes fatos históricos, soube disso mais tarde, quando vim a lecionar, no ensino médio e cursinhos.
Saudosismos à parte, fui “ver o baixinho” na Internet:
Getúlio Dornelles Vargas nasceu em 19/4/1882, na cidade de São Borja (RS) e faleceu em 24/8/1954, na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Foi o presidente que mais tempo governou o Brasil, durante dois mandatos. Foi presidente do Brasil entre os anos de 1930 a 1945 e de 1951 a 1954. Entre 1937 e 1945 instalou a fase de ditadura, o chamado Estado Novo.
Vargas criou a Justiça do Trabalho (1939), instituiu o salário mínimo, a Consolidação das Leis do Trabalho, também conhecida por CLT. Os direitos trabalhistas também são frutos de seu governo: carteira profissional, semana de trabalho de 48 horas e as férias remuneradas.
GV investiu muito na área de infraestrutura, criando a Companhia Siderúrgica Nacional (1940), a Vale do Rio Doce (1942), e a Hidrelétrica do Vale do São Francisco (1945). Em 1938, criou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Saiu do governo em 1945, após o golpe militar de que já lhes falei.
Em 1950, Vargas voltou ao poder através de eleições democráticas. Neste governo continuou com uma política nacionalista. Criou a campanha do “Petróleo é Nosso” que resultaria na criação da Petrobrás.
Em agosto de 1954, Vargas suicidou-se no Palácio do Catete com um tiro no peito. Deixou uma carta testamento com uma frase que entrou para a história: “Deixo a vida para entrar na História.” Até hoje o suicídio de Vargas gera polêmicas. O que sabemos é que seus últimos dias de governo foram marcados por forte pressão política por parte da imprensa e dos militares. A situação econômica do país não era boa, fato que gerava muito descontentamento entre a população.
Meus leitores já repararam? A população demonstra sempre uma insatisfação quase incontida pelos seus dirigentes e mal se apercebe de como é importante olhar para suas próprias atitudes e realizações ou, pela falta das mesmas.
Como isso me faz lembrar esta nossa comunidade abrigada aqui no Lar dos Idosos ! O culto da insatisfação se espalha e se avulta e não conseguimos estar satisfeitos e tranquilos. – Não conseguimos perceber aquilo que de bom é realizado para nós e … reclamamos sem notar que cada um de nós ainda pode lembrar e dizer…
… SOBREVIVI.
Republicou isso em Espaço de Jurandyre comentado:
Quinta-feira, 29 de outubro de 2020… Acordo, levanto e corro a me lembrar da postagem desse blog, que realizei neste mesmo dia, só que em 2017…