Quarta-feira, 25 de dezembro de 2019. Finamente chegou o Natal, festa máxima da cristandade. Ontem no final da noite contamos, aqui no Lar, com a ceia com que todos os anos nos confraternizamos. Ceia, que nossas nutricionistas e a turma da cozinha deixa disponibilizada, para que a equipe de enfermagem do turno da noite nos sirva.
Assim tem sido por todos esses doze anos que ando por aqui. Este ano panetones, croissants, uvas, ameixas e peru… perdão, peru não. Donas de casa em entrevistas pela TV, têm se pronunciado contra a ave, dizendo-nos que anda difícil e muito complicado levar o peru pra casa… dizem que está pela “hora da morte” e que aquelas que assumem, acabam se arrependendo pelo compromisso assumido.
Ainda assim, nossas mesas mostraram-se fartas de vistosos alimentos. Prontos para serem servidos e degustados acompanhados de refrigerantes em litrões bem ali sobre elas. Os quatro integrantes da enfermagem (3 + 1) entraram em processo de franca distribuição até que tudo fosse concluído, com satisfação.
Bonito de ver Vanda, Lucilene, Rosalina e Renê se movendo entre as mesas no atendimento aos confraternizados, servindo nos quartos o nosso Odamir, enfermo, assim com os totalmente dependentes de seus cuidados… beleza pura!
O idoso, totalmente independente, com opção de pegar a ceia e levá-la para seu quarto exclusivo e lá confraternizar-se privativamente consigo próprio. Parece estranho, mais é uma prerrogativa – eu acho que constitucional – conseguida através de concessão do Ministério Púbico para os vulneráveis sociais.
A propósito, durante a ceia, a TV nos transmitia notícias de que nosso presidente vítima de um acidente doméstico – bateu a cabeça em queda no banheiro – saia do hospital já recuperado. Antes da queda havia decretado o indulto de natal para policiais e militares…
Agora após a ceia de ontem vou me preparar para o almoço de Natal, na residência do meu filho que virá efetuar o meu sequestro relâmpago. É por todas essas coisas que agora…
… SINTO-ME NATALINO