Sábado, 04 de janeiro de 2020. O primeiro do ano. E eu aqui, relendo e “reblogando” parte de uma crônica publicada ano passado (2019), ao som de – para variar – Roberto Carlos.
“…A vida continua, e eu preso a ela. Como já tenho exposto por aqui, estes últimos onze anos têm trazido para esta minha vida surpreendentes revelações além do conhecimento e convivência com pessoas incríveis. São sentimentos totalmente novos… eu não os conhecia com a intensidade de agora… sou-lhes imensamente grato por isto.
Desde minha chegada, comecei me deparando com gente que sabe o que está fazendo no como coordenar o trabalho com alegria, disciplina e carinho para conosco, idosos por vezes destrambelhados e necessitados de compreensão.
Firme e determinada, essa gente semeia respeito, dispensa e atrai a atenção dos moradores para suas próprias realidades. Com o decorrer do tempo, segui testemunhando cenas e atitudes de carinho explícito e prazer pelas lidas e responsabilidades no cuidado conosco, essa outra gente que viveu tanto tempo e agora carece de reconhecimento e amor fraternal.
Vivem — funcionários de administração, de manutenção, das áreas técnicas, e, principalmente profissionais com especialidades em saúde, limpeza e higiene – procedendo autênticas blitz constantes, no sentido de fazer-nos agrados como se fôramos seus avôs amados… e isso é muito bom… chega a emocionar!
Tem ainda, a nosso favor, a ONG mantenedora desse nosso Lar, administrada e gerida por empresários locais aqui de Curitiba de forma voluntária e que conta com auxiliares que — quer me parecer – contagiaram-se com a “moléstia” de boa vontade para com os “mais velhos” e empenham-se no trabalho de auferir para nós, doações… e elas sempre chegam!
Alimentos, materiais de higiene, limpeza e consumo do Lar e, ainda, material humano — ou seja – gente voluntária para auxiliar o funcionamento do Lar em regime de trabalhos solidários… Leitor, não imagine, ela – essa gente – também se apega a ideia de que “doar é como semeadura”. Doam e doam-se para obter colheitas generosas…
Ao término desse “reblog” e um ano depois, eu me encontro aqui sentindo que alguma coisa mudou na carga e nos comportamentos das pessoas, porém na essência, nada mudou para comigo mesmo, por isso aqui estou, e por isto mesmo, ainda…
…SINTO-ME EMOTIVO.