Domingo, 07 de Junho de 2020. Sem absolutamente nada pra fazer, mergulhei em antigos álbuns de família. Aí dei de cara com uma foto perdida numa coletânea de um dos meus filhos. Então me apercebi e lembrei que no ano de 1970, eu estava contando com meus 33 anos de idade e não fazia a menor idéia de que meio século depois eu viveria sob a ação de uma pandemia que estaria obrigando o mundo inteiro a refletir.
Em minhas reflexões, enquanto olhava a fotografia, recordei um semi-abastado senhor instalado em uma embarcação de recreio, ao lado de sua esposa e mãe de seus dois filhos navegando tranquilamente nas águas da Baía de Sepetiba, rumo ao Paraíso do Sol.
O fotógrafo, Antonio meu cunhado, flagrou com fidelidade, um momento de paz e alegria que eu estava experimentando na minha vida. Foram muitos, observo agora. E o melhor é que eu os continuo vivendo, na companhia de outros atores e atrizes sociais.
Melhor. Descobri e venho notando cada vez mais, com a vivência e a experiência, de que encarar e superar maus momentos, sem queixas e reclamações contundentes, robustece qualquer cristão e a êle concede a capacidade de sorrir com mais frequência.
Fernanda, Giovanna, Cinthia, Eduarda e Rafael, minhas netas e neto, acreditem no que estou afirmando por aqui, caso venham a tropeçar nestas palavras… Já fazem oitenta e três anos que, quando tenho forças eu as pratico, por isso meu testemunho pode ser confiável.
Seu Geraldo, meu pai, acaba de soprar no meu ouvido, agora que, se tivesse tido a oportunidade de deixar por escrito — para mim e para os netos — um depoimento parecido, teria feito com toda a certeza…
… PODEM CRER