Sábado, 20 de fevereiro de 2021… Já ouviu falar do NIRVANA? Desde, cedo em minha adolescência e pelas leituras feitas vida a fora, eu vejo citações a respeito:

NIRVANA, é algo que se conquista num árduo caminho espiritual. Em especial na religião budista, o NIRVANA é um dos conceitos mais básicos e também o maior objetivo de seus adeptos. Os budistas se esmeram em práticas espirituais para atingir o NIRVANA. Modo geral, o conceito de NIRVANA no budismo pode aparecer em várias situações.
Uma delas é a ideia de acabar com o sofrimento e os desejos vinculados ao ego e à matéria. Outra situação em que o termo NIRVANA aparece na filosofia budista é para descrever o momento em que uma pessoa finaliza o samsara, ou seja, os ciclos de renascimentos e sofrimentos pelos quais todos temos que passar (frutos dos karmas individuais) até alcançarmos o NIRVANA.
Uma terceira forma de encarar o significado de NIRVANA entre os budistas é pensar o NIRVANA como sendo a morte do corpo físico. Segundo os budistas, Buda teria entrado em pari-nirvana, ou seja, na tranquilidade final, no instante em que deixou sua vida terrena.
JÁ PARA ATINGIR O NIRVANA “EM VIDA”, ISTO É, ESSE ESTADO DE TOTAL PAZ INTERIOR, É NECESSÁRIO CULTIVAR ALGUMAS PRÁTICAS NO COTIDIANO E AO LONGO DE TODA A VIDA. ENTRE ELAS PODEMOS DESTACAR:
1- Meditação: é a meditação que ajuda a tranquilizar a mente e possibilitar o alcance de estados de consciência cada vez mais serenos e profundos. A prática da meditação leva a uma estabilidade mental (concentração) cada vez maior e mais constante;
2- Paciência: exercitar a paciência leva a uma leveza maior na vida cotidiana. É a prática de saber esperar, de não achar que tudo precisa chegar a nós instantaneamente. É entender o fluxo e os ritmos da vida, é aguardar pelos frutos com calma e amor;
3- Generosidade: ser generoso nas mais simples atitudes é estar disposto a dar o que está ao seu alcance, beneficiando não somente os outros como também a si mesmo. Uma pessoa generosa percebe que seus bons atos trazem alegria e satisfação para ela própria. É o oposto da avareza;
4- Ética: no budismo, alguns preceitos éticos são incentivados não com o intuito de reprimir, mas de libertar, de expandir a consciência e promover o bem-estar. Exemplos: não roubar, não matar, não usar substâncias tóxicas que possam prejudicar a mente e cultivar a verdade (não mentir).
Todas essas práticas que os budistas defendem para a conquista doNIRVANA têm a ver com a ideia de correção do modo de vida, condutas mais sábias diante dos desafios e desapego para atravessá-los sem dor e sofrimento.
De certa forma, essas práticas também estão associadas ao sentido de NIRVANA entre os hinduístas: um estado privilegiado da mente, sinônimo de sabedoria.
Para o hinduísmo, o NIRVANA é o equivalente ao “paraíso” que se conquista com yoga e meditação sendo que neste contexto hinduísta, vale a pena mencionar que a prática de yoga não se restringe à execução de ásanas e pranayamas, que são as posturas e os exercícios respiratórios.
Visando atingir moksha, que é a libertação dos ciclos de renascimento e morte e a conquista do estado de iluminação espiritual, o praticante de yoga deve cultivar certos preceitos éticos (yamas) e morais (nyamas).
Outro ponto interessante de destacar é que o NIRVANA não é um lugar a ser alcançado. O NIRVANA é, sobretudo, um momento de paz e um estado de consciência e atitudes que tem a qualidade da libertação da alma e da plenitude na existência.
Beleza tudo isso e muito sério mas — com a desfaçatez e a irreverência do carioca que sou — vou compará-lo (o Nirvana) ao caviar e, com vocês, ouvir Zeca Pagodinho, ainda mais uma vez:
Agora sim, leitor(a), se você não sabia agora com certeza…
… VOCÊ SABE O QUE É O NIRVANA
Pior que nunca vi, nem ouvi Roberto com Zeca… Isso é o meu Nirvana!!!